Greve a 25 de julho: SPdH Menzies diz ter em vigor “planos de contingência robustos para proteger as operações”

O Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA) convocou uma greve na empresa de handling SPdH Menzies (antiga Groundforce) e o ST – Sindicato dos Transportes juntou-se à reivindicação.
“O ST vem de forma oficial informar todos os trabalhadores da SPdH, assim como informou a DGERT que irá aderir ao pré-aviso de greve decretada por outra ORT. Pensamos que existe o tempo da paciência e da tolerância mas não poderá existir o tempo para as faltas de respeito e de humilhação para com aqueles que são a maior riqueza desta empresa, os Trabalhadores”, lê-se no comunicado do ST.
A greve abrange todos os aeroportos portugueses. O primeiro período de greve será entre as 00h00 horas já desta sexta-feira dia 25 de julho e as 24 horas do dia 28 de julho, ou seja, entre uma sexta-feira e a segunda-feira seguinte.
A estrutura é replicada pelos quatro períodos de agosto, com o segundo período de greve a ocorrer entre as 00h00 de 8 de agosto e as 24h00 de dia 11 de agosto. Nesse mês, estão ainda previstas greves, nos mesmos moldes, para a totalidade dos dias entre 15 e 18 de agosto e de 29 de agosto a 1 de setembro.
A SPdH Menzies (antiga Groundforce) já recebeu o pré-aviso e em declarações ao Jornal Económico refere que “a greve é um direito adquirido e respeitado pela Menzies Aviation. No entanto, consideramos que a justificação para a ação proposta reflete uma deturpação das práticas e condições reais da empresa”.
“A Menzies cumpre rigorosamente todas as obrigações legais e contratuais e mantém-se empenhada em práticas laborais justas e diálogo aberto”, refere a empresa.
“Caso a greve se concretize, temos em vigor planos de contingência robustos para proteger as operações e minimizar qualquer potencial interrupção dos serviços durante o período de Verão movimentado”, assegura a SPdH Menzies.
Os trabalhadores da SPdH Menzies (antiga Groundforce) vão estar em greve no último fim de semana de julho e nos quatro últimos de agosto, segundo o pré-aviso emitido pelo Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA).
Na origem da greve estão reivindicações como o fim de vencimentos base abaixo do salário mínimo nacional, melhores salários, o cumprimento do pagamento das horas noturnas ou a manutenção do acesso ao parque de estacionamento nos mesmos termos e condições “que sempre lhes foram aplicados”.
O sindicato pede também o cumprimento do Memorando de Entendimento assinado na sequência da entrada da Menzies na gestão da antiga Groundforce.
A greve da empresa de handling Menzies, antiga Groundforce, é motivada pelas reivindicações de “um ordenado mínimo de acordo com a lei nacional; pelo cumprimento da clausula do Acordo de Empresa no que respeita ao pagamento das horas noturnas; pelo estacionamento gratuito; por um aumento digno no vencimento base de acordo com a inflação; por condições de trabalho e higiene; pelo fim das empresas de trabalho temporário; e pelo fim discriminatório e igualdade de tratamento dos trabalhadores”, lê-se no comunicado do Sindicato dos Transportes.
“A questão do estacionamento é chocante, por ser uma promessa da Menzies que consta explicitamente do Plano de Insolvência e que foi quebrada. Prometeram alargar o estacionamento gratuito a todos, e não só não o fizeram como passaram a cobrar a quem o tinha gratuito”, segundo fonte dos sindicatos.
Uma situação que se agravou depois de a TAP ter acabado com um espaço que era usado como parque e que irá ser usado para ampliar o espaço de hangares e que está em obras.
A Menzies, assegura fonte oficial, tem estado a trabalhar para encontrar uma solução alternativa para o estacionamento no perímetro do aeroporto.
“Apesar da reduzida representação do SIMA e do ST (que se associou, como anexo), nota-se uma grande preocupação com os possíveis efeitos da greve, em particular na categoria de TTAE de Placa, elementos essenciais para a operação”, revela fonte próxima dos sindicatos.
jornaleconomico